As famílias selecionadas para participar do
programa Rio Sem Miséria são chefiadas por mulheres, 24,41% têm entre 30 e 49
anos, e 89,64% vivem em áreas urbanas. Dentre os beneficiados, 73,03% são
negros e pardos. A maior parte não completou sequer o Ensino Fundamental e não
está inserida no mercado de trabalho formal. As condições de habitação também
chamam a atenção: 28,2% não têm água encanada e utilizam poços ou nascentes,
enquanto 40% não têm rede de esgoto nem luz legalizada. Em 61,65% das casas, o
piso ainda é de terra. Para a superintendente de Renda da Cidadania, Ana
Vieira, essas famílias não conseguiriam sair da situação de pobreza extrema sem
o apoio do Estado.
– Os dados mostram que essas pessoas vivem em condições muito aquém do que deveria ser e isso afeta a saúde, o bem-estar e a dignidade delas. E com a ajuda do Estado esse quadro está mudando – disse Ana. Lançado em 2011, inicialmente em Japeri, Belford Roxo, São Gonçalo e Magé, o programa chegou a 52 municípios fluminenses em 2012. Para isso, o investimento estadual é de R$ 250 milhões por ano.
– O Rio sem Miséria representa um marco em termos de políticas públicas no nosso estado, não só por ser o primeiro plano estadual do País voltado a combater a pobreza extrema, mas porque consegue aliar transferência de renda, desenvolvimento econômico e capacitação profissional em um único programa. O sucesso dessa iniciativa é fruto do nosso esforço de coordenação junto ao governo federal e às prefeituras, com apoio do setor privado. Graças a essa parceria, fomos o primeiro estado do Brasil a cumprir a meta de superação da pobreza extrema fixada pela União e estamos trabalhando duro para que, até 2014, a miséria seja erradicada do Rio de Janeiro – afirmou o governador Sérgio Cabral.
Foto: Rogério Santana
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