O prefeito Eduardo Paes afirmou no primeiro debate dos candidatos a prefeito na TV Bandeirantes que 90% dos investimentos da prefeitura foram feitos na Zona Norte e na Zona Oeste da cidade. E isso no faz pensar num conceito colocado em prática na gestão dele de “Quem têm menos, precisa ser priorizado e precisa ter vez”. O critério de investimentos e prioridades que por décadas sempre foi invertido, oferecendo aos bairros que já possuíam certa infra- estrutura ainda mais, foi quebrado pela política pública de lógica adotada também pelo Governo do Estado. Vamos pensar? Se os bairros que mais necessitam do poder público são os menos abastados, porque não priorizá-los na hora de decidir para aonde vão os investimentos prioritários e/ou emergenciais. Quem pode esperar numa fila prioritária e quem não pode? Ou quem têm mais urgência? São nestes bairros que os investimentos em saneamento, equipamentos de lazer, saúde e segurança historicamente nunca chegavam. E o que está mudando? As pessoas que vivem em comunidades estão conhecendo, agora e na prática, os seus “direitos”, para aprenderem a cumprir os seus “deveres”. E isto é cidadania.
A UPP que segundo os seus idealizadores, veio para transformar as comunidades cariocas em bairros, irá se fortalecer cada vez mais se isso for cumprido á risca. As políticas de habitação como os conjuntos de Triagem que já abriga 281 famílias vítimas de tragédias, e que agora estão também tendo oportunidade de ter “direitos” como cidadão, é um exemplo de quem não podia esperar pela política pública. Os equipamentos, praças de lazer que chegam ás comunidades, as políticas de limpeza pública e outros, são exemplos do que estamos falando. E isso é tudo muito recente, estamos falando de dois, três anos para cá.
A presidenta do PMDB Comunitário Roberta Ferreira, que também é líder comunitária do Borel confirma isto “investimento em comunidades é algo novo, conquistado com muito suor. E não podemos correr o risco de perder estas conquistas. Como líder comunitária há 5 anos e militando há mais de 15 posso dizer isto com tranqüilidade. As obras iam quase que todas para a Zona sul e nós ficávamos sempre para depois ou no talvez. Mas se nós sempre fomos quem mais precisa do Estado presente, porque tínhamos sempre que esperar em relação a quem tinha sempre mais? A realidade hoje é outra e podemos afirmar que hoje temos voz e vez. Isso precisa ter continuidade e por isso estamos na luta”, disse ela.
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